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segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Papel da Gestão do Conhecimento nas Organizações


É inegável que saímos de uma “Era Industrial” na qual o importante era a mão-de-obra, para uma “Era do conhecimento” onde temos os “cérebros-de-obra”.Neste contexto, surgiu o discurso da importância da gestão do conhecimento como diferencial competitivo das empresas.
Do discurso para a prática há uma certa distância, pois, muitas vezes, confunde-se conhecimento com informação. Por isto, observamos que existem empresas fazendo gestão da informação e não do conhecimento.
Gerenciar conhecimento é um processo extremamente longo e laborioso de mudanças, com resultados a médio e longo prazo. O que se está discutindo é uma mudança profunda, que redefine completamente as organizações e o papel do gestor, que passa a ser, na definição de Peter Drucker, “o responsável pelo melhor uso e aplicação do conhecimento organizacional”.
Na verdade, o conhecimento é um algo mais, é uma capacidade de selecionar um caminho que irá levar mais facilmente a atingir determinados objetivos.
Antes de gerenciar o conhecimento, uma organização deve, portanto, definir onde quer chegar, que espaço quer ocupar no mercado, para que se possa criar ambiente propício para que o conhecimento seja utilizado de forma a apoiar estrategicamente a empresa.
Para o melhor uso do conhecimento, conforme citado por Peter Drucker, é necessário que tenhamos, ao invés de chefes, líderes que gerenciem estimulando o colaborador a compartilhar o seu conhecimento.
Mas, se conhecimento durante muito tempo foi sinônimo de poder, como fazer as pessoas compartilharem?
É preciso quebrar um velho paradigma da “Era Industrial” que tinha como premissa o fato de que compartilhar está ligado a perder.
O conhecimento só tem significado quando vemos a sua aplicabilidade, ou seja, o que faço com o meu conhecimento é que me diferencia.
Portanto uma organização hoje terá garantido o seu diferencial competitivo se ela sabe o que conhece e o que faz com o que conhece. Os produtos e serviços provenientes do seu capital intelectual dificilmente outras empresas poderão copiar.
Hoje, o valor de uma organização também é medido pelo valor dos ativos intangíveis, sua marca, seu conhecimento.
O valor da Coca-cola está na quantidade de bens móveis ou na sua marca?
A Microsoft tem como maior valor: os produtos que ela cria(Windows, Office) ou o conhecimento agregado neles?
Estamos então, numa sociedade intitulada sociedade do conhecimento, onde, acredito, não temos mais volta. Sobreviverão aquelas empresas que investirem cada vez mais nos seus colaboradores para que possam não só compartilhar mais como também criar, inovar e agregar cada vez mais valor.



Por Margareth de Sousa G. Carvalho - Gerente do Projeto Gestão do Conhecimento (Fonte: Sebrae/RJ)



3 comentários:

  1. Muito bom Carlos, acho que é por aí mesmo... temos que gerir o conhecimento de maneira estratégica e, para tanto, é necessário que façamos como os dois Márcios nos ensinaram: uma análise da economia global, uma análise do setor, uma análise da empresa e depois analisamos como a empresa poderia se posicionar mais favoravelmente perante todas essas informações. Simultaneamente, vejo que, ao fazer isso já se consegue elencar quais são os pontos críticos que irão gerar conhecimentos importantes para a empresa e que deverão ser mantidos e geridos adequadamente. Parece confuso, mas somente porque se trata de várias cadeias de processos que precisam ser entendidas e administradas de forma integrada.

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  2. Adorei os "cérebros de obra" muito bem colocado!

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  3. Quando vendemos capital intelectual , tudo que temos é aquilo que conhecemos .É dificil conviver com a idéia de que as empresas querem sugar absolutamente tudo de nós para tornar-nos descartáveis .
    Penso que teremos na prática que ponderar essas questões .
    Cassiana Clemente

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